terça-feira, 2 de junho de 2009

8° Encontro Internacional de Arte e Tecnologia (#8.ART)

Para não perder o embalo dos congressos e encontros que estão acontecendo por aí, segue uma ótima pedida: 8º Encontro Internacional de Arte e Tecnologia (#8.ART). Esse encontro está repleto de temas interessantíssimos. Veja:
T 1 - Arte, tecnologia e territóriosT 2 - Educação da cultura visual
T 3 - Gamearte: interações multiusuário
T 4 - Bioart: a natureza humana
T 5 - Ativismo artístico no século 21
T 6 - Dispositivos não convencionais de interação
T 7 - Arte, educação, ciência e tecnologia
T 8 - Traços urbanos nas novas mídias locativas
T 9 - Poéticas digitais
T 10 - Instalações interativas subversivas
T11 - Cartografias colaborativas computacionais
T12 - Corpo midiático
T13 - Laboratórios de pesquisa em arte e tecnologia
T14 - Transtextualidade e autoria no contexto da cibercultura
T15 – Mídias interativas.

O encontro será realizado nos dias 16, 17, 18 e 19 de setembro de 2009 no auditório Dois Candangos da Universidade de Brasília.
Eu e o publicitário Rafael Puga encaminhamos o nosso resumo e estamos aguardando a confirmação de aceitação. Para aqueles que se interessam por poéticas digitais, segue abaixo o resumo enviado:
Pintura, poesia e ambiente digital: a experiência virtual do leitor-espectador frente às obras de Munch e Drummond


Janaína Rodrigues Bueno e Rafael Puga Lemes


Palavras-chave: poesia, arte digital, pintura, interação


Um quadro são linhas, cores e texturas, mas é também a descrição e a narrativa que o espectador faz dele. Neste artigo, tentamos analisar uma possível leitura feita pelo espectador imerso em um ambiente digital a partir do encontro da percepção sensível do poeta Carlos Drummond de Andrade frente à matéria representada por Munch no quadro O Grito. Como se dá a passagem dessa carnação para o corpo verbal dos poemas de Drummond? O olhar do espectador vem intrometer-se nesse jogo, estabelecendo um triângulo de leitura com os outros dois olhares. Buscamos detectar essa perspectiva original de transcodificação através da experiência do espectador que interage com o objeto artístico em um ambiente virtual, norteados pela noção de Museu Imaginário de Malraux.

Deslocamentos na arte

De 20 a 23 de outubro será realizado o congresso internacional "Deslocamentos na Arte", em Ouro Preto, MG. Como não dá mais tempo para escrever um artigo, vou apresentar um pôster falando da poética visual de Pedro Nava.
Quem se interessar por enviar comunicação ou pôster, deverá encaminhar o materia até o dia 5 de junho para o Congresso Internacional Deslocamentos na Arte.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"Quadrilha" virtual.

Lembra da "Quadrilha" de Drummond?

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.


Pois é! A revista Info truxe, no mês de abril de 2009, uma paródia ótima para esse poema. Veja só:

"João era amigo virtual de Teresa, que no orkut adicionou Raimundo, que se conectou pelo Facebook a Maria, que no MySpace conheceu Joaquim, que assistia aos vídeos postados no you Tube por Lili, que escrevia toda hora no Twitter".

Ficou bacana, não acha?

Regra de conduta em redes sociais?

De acordo como o último relatório da Nielsen Online, 80% dos internautas brasileiros visitaram redes de relacionamento e blogs ao longo de 2008. Não podemos negar que grande parte desse sucesso vem do orkut, a rede social mais badalada do Brasil.

As redes sociais são a quarta atividade mais popular da internet, segundo a Nielsen Online. O crescimento de redes sociais e blogs pode ser duas vezes maior que os dos três primeiros colocados: busca, portais e software para PCs. Portanto, mesmo aquele desavisado que não sabe o que quer dizer "rede social", provavelmente faz parte de alguma.

Uma questão a ser discutida é a postura dos veteranos em redes sociais em relação aos "retardatários". Alguns twitteiros, por exemplo, reclamam da invasão do site do Twitter. Em um comentário postado em reportagem do G1 sobre redes sociais, o internauta intitulado como Seu Madruga resmungou: "peço às autoridades jornalísticas que parem de divulgar o Twitter no Brasil. Já basta o Orkut ter sido infestado dessa ralé".

É muito comum vermos usuários antigos nervosos pela invasão do "povão" em seus “clubes virtuais”. Muitas vezes, essas figuras acabam cometendo o “orkuticídio” ou abandonando suas páginas sem atualização. Esse processo parece se repetir com cada rede social que se torna a bola da vez. De acordo com Emerson Calegaretti, diretor-geral do MySpace no Brasil,“os early adopters [adeptos às novidades] usam os sites de relacionamento como símbolo de status. Pertencer a uma rede que ninguém conhece ou usa torna essa pessoa um desbravador, um conhecedor de mistérios herméticos que os demais ainda não conhecem".

Muitos deles ainda querem ditar regras de conduta, como é o caso do Rexplora, com seu post "13 regrinhas de Twittiqueta". Se a pergunta inicial da página do Twitter continua sendo "What are you doing?", qual o problema de o usuário respondê-la? Mesmo que o site tenha permitido novos usos, o que também é positivo, ainda há quem queira utulizá-lo para conversar com amigos sobre assuntos que interessam àquele nicho específico ou que queiram falar de suas viagens ou travessuras por aí. Que mal há nisso? Pode acreditar que tem quem queira saber. Portanto, se algum usuário te incomoda meu bem, não o siga. Simples assim.
Leia mais:

Dia do orgulho nerd


Imagem do filme "A vingaça dos nerds", 1984.


A idéia de comemorar o "Dia do orgulho nerd" nasceu na Espanha, em 2006. Lá, esse dia é conhecido como "Dia do orgulho Geek". Geek é uma gíria inglesa que define "nerds descolados". São pessoas que conhecem bastante tecnologia e informática e que se dedicam intensamente a atividades intelectuais complexas. Os geeks também apreciam a leitura de quadrinhos e vídeo-game de última geração. Mas também apreciam a literatura, o cinema, a música, entre outras artes, o que lhes concede a imagem de nerds sociais dos tempos atuais.

Aqueles filmes da década de 80, como “A vingança dos nerds”, que produziram o estereótipo do nerd anti-social, rejeitado, mau tratado pelos colegas da escola, que passava o dia todo estudando, estão por fora. Como relata Renato Bueno em uma matéria dedicada a esse tema no G1, os nerds dos tempos atuais “têm vida social, saem para se divertir, têm amigos (nerds ou não), sabem se comunicar e, no quesito tecnologia, estão passos adiante de boa parcela da população. Dominam redes sociais, montam seus próprios computadores (consertam os de amigos e familiares), derrubam o mundo com um smartphone em mãos e criam blogs e podcasts quando querem”.

Os geeks são cool e estão na moda. Sabe aquela pessoa descolada, que sabe falar sobre tudo, que tem uma vida social intensa, que é figurinha repetida em espaços cult, que está antenada em arte e novas tecnologias? São os geeks. Eles são badalados, admirados, imitados. As redes sociais estão repletas deles e é justamente através delas que a maioria deles conquistou seu espaço ao sol. No lugar de pessoas com problemas sócio/afetivos, com comportamento estranho, surgem personalidades marcantes, cheias de opinião e que têm grandes habilidades no campo da tecnologia e da informática.

E convenhamos que os geeks estão com tudo no mercado de trabalho. Adivinhe o perfil do profissional que o google procura? De acordo com o diretor de comunicações do Google Brasil, Carlos Felix Ximenes, “hoje tem valor em ser nerd. Aqui no Google, somos meio geek, e buscamos pessoas dedicadas, bons alunos, mas com facilidade de interagir”.

Sendo assim, os geeks estão cada vez mais orgulhosos de si: abrem comunidades no orkut sobre o orgulho de ser nerd, criam blogs, grupos de discussão sobre o tema, marcam encontros etc. O nerd confinado a uma vida solitária ficou no passado. Agora, eles estão com tudo e em todas.


Leia mais:
Nerds: Geeks, Trekkers, Otakus e Afins
50 coisas que todo nerd/geek deve saber
Preconceito é coisa do passado, dizem nerds assumidas

Internet é palco de manifestos para o 'dia do orgulho nerd'

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ensino Médio Inovador

O Mec pretende mudar o currículo do ensino médio. A idéia é transformar as 12 disciplinas atuais em quatro grandes áreas: línguas; matemática; exatas e biológicas; e humanas.

Em uma entrevista para o G1, a secretária de Educação Básica do MEC Maria do Pilar comentou: “queremos que o aluno perceba que o conteúdo ensinado em sala de aula tem aplicação prática”. E mais: “queremos que ele consiga fazer a relação entre as áreas aprendidas, como geografia, física, biologia e química, e o rio que passa ao lado da sua escola.”

A expectativa é de que essa proposta seja aprovada até junho. Porém, “ainda precisará ser discutida e provavelmente deve acontecer uma audiência pública antes de ser aprovada”, declarou a secretária.

Essa proposta casa com as alterações no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será dividido em quatro grandes áreas. “O vestibular tem um rebatimento sobre o ensino médio e congela a possibilidade de inovação. Com o fim das disciplinas no ensino médio e o novo Enem, pretendemos dar uma nova orientação a formação dos alunos.”
O MEC também propõe um aumento de 25% na carga horária (de 2.400 horas para 3.000 horas).

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A Nintendo na escola

A Nintendo irá lançar um serviço, no Japão, que permitirá que professores transmitam conteúdos, atividades, avaliações, mapas, entre outros arquivos de seus computadores, diretamente para o Nintendo DS dos estudantes.
O vídeo game tem grande potencial pedagógico, permitindo que o usuário receba conteúdos on-line, como demo de jogos, através da sua porta WI-FI.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Uma busca mais eficiente

Todos nós, professores, alunos e afins vivemos correndo para dar conta de nossas múltiplas tarefas. Temos que pesquisar, nos informar, conhecer novas idéias, discutir, interagir, colocar em prática nossos projetos, estudar o encaminhamento dos projetos, e assim vai. Haja tempo pra cumprir tudo que planejamos!
Não se pode negar que a internet se tornou uma arma poderosíssima no trabalho de pesquisa. Segundo Paulo Vaz, a internet cresce exponencialmente e com ela cresce o número de pessoas que dela participam, a massa de informações disponíveis e a multiplicidade de conexões entre os diversos pontos ou nós que a compõem. Cresce, assim, a probalidade de que a informação, a pessoas, o grupo ou o objeto de nosso interesse alí se encontre. Contudo, cresce também a dificuldade de saber onde eles estão e quais caminhos nos levam mais rapidamente a eles (...).
O vídeo abaixo oferece algumas dicas para se ir direto ao assunto e encontrar o ponto certo do que se procura. Algumas dicas já são velhas conhecidas, mas outras são desconhecidas para a maioria dos usuários da internet. Portanto, vamos aproveitá-las.


Para ler o trabalho de Paulo Vaz, Mediação e Tecnologia:

http://migre.me/1mGk

domingo, 5 de abril de 2009

A web 2.0 na educação

Este vídeo é interessante para os professores que se interessam por usar a web 2.0 na educação:
WEB 2 0 na Educação WEB 2 0 na Educação Milena Apresentação electrónica sobre web 2.0

Uma ótima ferramenta para professores de História

A revista Veja lançou o site Veja na História que simula reportagens que teriam sido feitas no calor do acontecimento histórico. Ao navegar pela crise de 1929, por exemplo, pode-se encontrar várias notícias relacionadas ao fato, desde o anúncio do crash da bolsa até a situação da produção cafeeira brasileira nesse período.
O interessante é que pode-se encontrar entrevistas, fotos, notícias relacionadas, ou seja, um material valoroso para o professor de História.

sábado, 4 de abril de 2009

O planejamento pedagógico

A questão-problema deve estar presente em todos os momentos do processo de conhecimento. Ao iniciar um conteúdo como, por exemplo a Revolução Francesa, espera-se que o professor instigue o aluno a um questionamento inicial. Nesse momento, o aluno é encorajado a expor idéias que serão comprovadas ou refutadas posteriormente.

Esse processo permite que o aluno acione a imaginação para solucionar os problemas que se apresentam, possibilitando a reconstrução do conhecimento pela própria ação desse aluno de buscar respostas.

O próximo passo é o levantamento de informações que gera o aumento do conhecimento sobre o tema pesquisado e treina olhar do aluno para a observação científica. Nesse momento, é importante que se dê atenção aos novos conceitos que aparecerem, o que exige que o professor tenha se preparado, conhecendo profundamente o objeto de pesquisa.

Todas as etapas do processo de aprendizagem devem ser devidamente registradas para que o aluno tenha a possibilidade de refletir sobre as suas hipóteses iniciais. Ao verificar se é possível comprovar ou não sua hipótese inicial, o aluno poderá prosseguir em duas opções de ação. Se as dúvidas permanecerem, recomenda-se que a turma seja incentivada a continuar pesquisando através de livros, internet, entrevista com um especialista etc. Caso a pesquisa gere novas dúvidas, pode ser interessante outro projeto de estudo que suscite novas buscas por novos conceitos.

Esse procedimento deve ser realizado através de uma seqüência didática bem articulada que contenha objetivos, conteúdos, séries alvo, desenvolvimento em etapas e avaliação. O planejamento prévio é o grande segredo de qualquer atividade pedagógica. Quando avaliamos riscos, pesquisamos sobre o tema, projetamos resultados, planejamos as etapas etc., temos maiores de chances de sucesso nos nossos propósitos.

Leia mais:

Chartier e o texto

A edição de março da revista Nova Escola trouxe, na seção pensadores, o historiador francês Roger Chartier, discutindo os significados sociais dados aos textos pelo autor e pelo leitor. Chartier é bastante conhecido por seus estudos sobre a trajetória de leitura e da escrita como práticas sociais.

De acordo com Chartier, uma só obra possibilita variadas possibilidades de interpretação, variando em relação ao suporte, da época e da comunidade em que circula. O autor concentrou-se nos estudos sobre as práticas culturais em torno dos livros, da leitura e da escrita ao longo da história. Ele discute a revolução gerada pela transição da leitura do rolo do papel (em que você necessita usar as duas mãos para manusear o rolo) para o códice (que se apresenta como volume encadernado, com páginas e capítulos, o que permite liberar as mãos para anotações no decorrer da leitura) e, agora, a introdução do suporte eletrônico (em que todos os tipos de obras já escritos podem ser acessados em variados formatos).

Em uma entrevista ao JB online Chartier responde sobre as principais mudanças trazidas pelo computador da seguinte forma: “São três: a leitura descontínua, a leitura hipertextual e a leitura tematizada. Na tela do computador, a prática de leitura se organiza geralmente a partir de temas. Os textos eletrônicos são consultados mais como banco de dados do que como obra. Com isso, há uma tendência à fragmentação, porque perde-se a referência à obra completa, como início, meio e fim. Outra coisa interessante desse suporte é o hipertexto, que oferece a oportunidade para o leitor de romper com a ordem seqüencial do texto impresso e praticar uma leitura particular, que continuamente introduz textos dentro de outros textos. Com isso, a leitura de um texto de história, por exemplo, pode transformar-se totalmente. O leitor pode consultar documentos digitalizados, conferindo as notas do autor com as próprias fontes”. Portanto, segundo o autor, essa foi a mais radical das transformações na técnica de produção e reprodução de texto e na forma como são disponibilizados.

terça-feira, 31 de março de 2009

Os relacionamentos virtuais e os líderes empresariais

Eu recebi um e-mail do publicitário candango Pablo Bueno que julgo interessante compartilhar:

Vi este post do blog updateordie e ele trás uma idéia muito interessante de como estamos lidando com os relacionamentos virtuais e de como estes hábitos podem ajudar ou atrapalhar a tarefa de líderes empresariais.
Segue...

Na sua coluna do Wall Street Jornal, Gary Hamel coloca as 12 características relacionadas ao trabalho, que a geração que cresce se relacionando através de redes sociais online, o que ele chama de Geração F (Geração Facebook), irá exigir das organizações. Hamel está em uma cruzada para descobrir as práticas de gestão necessárias para esse novo mundo, mais democrático. No b-blog da HSM você encontrará diversos posts relacionados a esse assunto.

As 12 características dos nativos digitais, relacionadas ao trabalho:

1- Todas as ideias competem no mesmo patamar.

As ideias na web são seguidas e não impostas, ganham tração de acordo com o seu mérito e não por poderes políticos ou por serem patrocinadas.

2- Contribuição conta mais do que a credencial

Quando você coloca um vídeo no You Tube ninguém pergunta se você fez curso de cinema. Na web não importa sua posição, currículo ou título acadêmico, importa o conteúdo e criatividade.

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3- Hierarquias são naturais, não impostas

Em um fórum de discussão aqueles que contribuem com as respostas mais resolutivas e inteligêntes ganham mais respeito de seus colegas. A hierarquia nasce de baixo para cima.

4- Líderes servem, não presidem

Não existe poder formal, o papel do “líder online” é servir a comunidade.

5- As tarefas são escolhidas, não impostas.

As pessoas que escolhem escrever em um blog, trabalhar em um projeto open-source ou participar de fóruns de discução, o fazem por escolha própria.

6- Grupos se auto definem e se auto organizam

Podemos nos relacionar e acompanhar somente aquelas pessoas e/ou empresas que escolhemos. Sabe aqueles “colegas” de trabalho que você precisa conviver diariamente em reuniões ou projetos? Na web isso não existe.

7- Recursos são atraídos, não alocados

Online, o esforço humano é atraído por projetos que façam sentido para o indivíduo. Os recursos não são alocados de maneira política e hierárquica. A web, é uma economia de mercado onde milhões de pessoas escolhem como e aonde irão gastar o seu tempo e atenção.

8- O poder vem através do compartilhamento de informação, não da mentalidade de escassez.

Para ganhar influência e status online, você precisará doar seu conteúdo e conhecimento.

9- As opiniões se acumulam e as decisões são julgadas pelos seus colegas

A sabedoria das multidões chega ao seu ápice no universo online. As ideias ganham seguidores e esse movimento pode causar disruptura em instituições offline.

10- Os usuários podem vetar muitas das políticas decididas.

Você pode ter criado e desenvolvido a comunidade online, mas os usuários é que são os donos.

11- As recompensas intrinsecas possuem mais valor

Dinheiro é ótimo mas não deixe de levar em conta o reconhecimento e prazer de construção de algo que faça sentido para as pessoas.

12- Hackers são heróis

As comunidades online tendem a seguir aqueles que possuem uma visão anti-autoritária e transgressora.

Hamel argumenta que essas características estão no DNA social da Geração F, mas não são encontradas no DNA de gestão das empresas presentes na Fortune 500. Existem muitos “garotos (as)” procurando emprego agora mas poucos se sentirão bem na “terra do cubículo”. Faz sentido.

domingo, 29 de março de 2009

Pensando a violência escolar

Me pus a pensar sobre o surto de violência explícita nas escolas, bastante divulgada pelos meios de comunicação de massa ultimamente. A violência no âmbito escolar tem sido assunto freqüente em teses e artigos acadêmicos, mas também circula intensamente nas salas dos professores, grupos de discussão da web, blogs e outros espaços de interação.

Nos acostumamos a pensar a violência escolar relacionando-a a ações como: a depredação do espaço escolar, as ameaças ao corpo docente e gestores da escola, as brigas, a insubordinação. Atualmente, soma-se a essa gama de práticas violentas a violência simbólica, que se situa tanto na relação aluno/aluno (bullying), como também nas relações aluno/professor e aluno/corpo técnico pedagógico escolar. Não podemos nos esquecer de ressaltar a intervenção violenta de pais, também significativa.

A escola reflete a violência que acontece fora dela, mas também produz a sua própria. Segundo Bernard Charlot, violência é o nome que se dá a um ato, uma palavra, uma situação, etc., em que um ser humano é tratado como um objeto, sendo negados seus direitos e sua dignidade de ser humano, de membro de uma sociedade, de sujeito insubstituível. Assim definida, a violência é o exato contrario da educação, que ajuda a advir o ser humano, o membro da sociedade, o sujeito singular.

A “sacrossanta” instituição da escola, na verdade, é um manancial de relações conflituosas decorrente, principalmente, da massificação do ensino que gerou um aumento significativo de alunos nas escolas, que se traduz em maior número de idéias, de valores, de culturas e vivências: heterogeneidade.

O professor, que até outrora era preparado para atuar como um transmissor de conteúdo, contando com um controle disciplinar que implicava medidas punitivas e repressivas, diante dessa nova realidade, percebeu-se despreparado para lidar com situações conflitantes no interior das escolas.

Essas relações conflituosas podem se tornar o foco gerador da violência escolar. O modelo de gestão democrática da educação, com a participação da comunidade na rotina escolar representa um avanço na descentralização da escola e, consequentemente, um maior envolvimento de outros sujeitos no processo educativo e na tomada de decisões. Dessa forma, a escola torna-se a mediadora da comunidade, mediadora dos conflitos, implicando na diminuição da incidência da violência.

Quer ler mais sobre o assunto? Então visite:

sábado, 28 de março de 2009

O professor está sempre errado...

O professor está sempre errado

Quando...
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de “barriga cheia”.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Não falta ao colégio, é um “Caxias”.
Precisa faltar, é “turista”.
Conversa com os outros professores, está malhando os alunos.
Não conversa, é desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a “língua” do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude...
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, “deu mole”.
É..., o professor está sempre errado, mas, se você conseguiu ler até aqui,
Agradeça a ele...



Anônimo

A vantagem dos blogs

  • Aproximar professores e alunos Os estudantes tendem a se identificar com o professor blogueiro. Se o aluno cria um blog, os professores têm um espaço a mais para orientar o aluno ;
  • Permitir maior reflexão sobre o conteúdo. Quando o professor blogueiro expõe sua opinião, está sujeito a críticas e elogios. Com isso, reflete sobre seu trabalho e faz os alunos pensarem mais sobre o tema proposto;
  • Manter o professor atualizado. O professor blogueiro busca em outros sites e blogs informações para compartilhar com os alunos. Isso o coloca em permanente reciclagem;
  • Criar uma atividade fora do horário de aula. O estudo não fica restrito aos 45 minutos de sala de aula. Com o blog, o professor instiga os alunos a estudar mais. Eles buscam no blog desafios, exercícios e gabaritos ;
  • Trazer experiências de fora da escola. O blog abre as atividades da escola para pessoas de outros colégios, cidades e até países colaborarem. Isso amplia a visão de mundo da turma;
  • Divulgar o trabalho do aluno e do professor. As produções do aluno ou do professor podem ser vistas, comentadas e conhecidas por qualquer internauta do mundo. Isso é um incentivo para alunos e professores se dedicarem;
  • Permitir o acompanhamento. Com os blogs, os pais podem monitorar as atividades escolares dos filhos. E também ter acesso ao que o professor está ensinando. Isso não é possível com as aulas;
  • Ensinar linguagem digital. Ao montar blogs, alunos e professores passam por um processo de "alfabetização digital". Aprendem a fazer downloads e outros recursos para navegar com facilidade.

Leia mais:

Quer aprender? Crie um blog

sexta-feira, 27 de março de 2009

Construindo competências

O objetivo da escola não deve ser passar conteúdos, mas preparar - todos - para a vida em uma sociedade moderna.
Philippe Perrenoud

O desafio da escola: manter-se indispensável.

A escola tem enfrentado o desafio de manter-se indispensável diante do novo perfil de alunos e carência de professores preparados para lidar com a tecnologia oferecida nas escolas.
Muitas escolas estão se equipando com ferramentas de última geração sem “saber aproveitá-los na metodologia de ensino”. O professor deveria receber uma formação que lhe permitisse fazer um bom uso de toda tecnologia disponível.
Apesar das escolas particulares serem privilegiadas do ponto de vista tecnológico, escolas públicas também têm se utilizado de recursos tecnológicos em suas práticas educativas. Algumas possuem recursos tecnológicos interativos e participam de cursos de especialização na área, financiados pela prefeitura.
De acordo com a pesquisadora Lea Fagundes da UFRGS, a escola ainda não penetrou a cultura digital. "Hoje, esses estabelecimentos querem trazer as ferramentas digitais para continuar ensinando como no modelo industrial. A tecnologia digital não é uma varinha mágica, nem um sistema multiuso e polivalente que serve para tudo. Não depende do professor dizer se é bom ou não, porque hoje ninguém tem a resposta certa. Estamos todos em busca da verdade", acredita. "As condições culturais para a mudança pedagógica já estão dadas. A questão agora é apropriar-se delas e acreditar que se pode fazê-las. A resistência muito grande parte das concepções dos educadores de que sua missão é ensinar".


data:25 de março de 2009

Que as escolas sejam asas

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.


Rubem Alves

Multimídia e Educação

O artigo Multimídia e Educação de Alex Fernando Teixeira Primo trabalha a questão da utilização da multimídia no processo de aprendizagem escolar. Ele relaciona o uso de títulos educativos em multimídia com o uso de videogame. De acordo com Primo, “as cores, sons, animações, vídeos, textos e a possibilidade de interação prendem o usuário ao aprendizado como se fosse um divertido jogo”. Isso demonstra o porquê dos títulos educativos, atualmente, estarem se voltando para a educação através de jogos “que visam avaliar a assimilação dos conteúdos e fixar os ensinamentos aprendidos através da brincadeira”.
O autor argumenta que o uso de multimídias resgatou o hábito da leitura, desgastado pelos meios de comunicação de massa eletrônicos, através da interação. Isso quer dizer que, ao interagir, o usuário deve primeiramente se inteirar do conteúdo textual para, em seguida, interagir.
Além disso, a multimídia oferece, através de informações que se cruzam, se confrontam e se conjugam a todo instante, “poucos limites à atividade cognitiva normal”.
A tecnologia multimídia, de acordo com o autor, não se coloca como uma ameaça ao professor. Pelo contrário, se torna uma valiosa ferramenta que conta com a mediação do mesmo.
Segundo Primo, a hipermídia permite que o usuário consiga ir além do texto, através da “integração de texto, gráficos, animação e som em um programa multimídia usando elos interativos" (Tway, 1993, p. 225). Isso dá maior liberdade ao usuário que passa de passivo a ativo, no momento em que ele pode “escolher se quer ver tal assunto em foto(s) ou vídeo(s), por exemplo, ou se prefere assistir a todas as informações disponíveis”, e tudo isso em alta velocidade. Para que a utilização dessa ferramenta na educação seja eficiente, “é preciso que os títulos multimídia consigam através do design de interfaces intuitivas, de alto poder de navegação e recuperação de informações, e da técnica de hipertexto apresentar conteúdos de alta carga informativa através dos mais diversos canais possíveis (vídeo, animações, textos, gráficos, etc.)”.

Integração das Mídias Digitais na educação

Klaus Schlünzen Júnior e Maria Elisabette B. B. Prado são autores do artigo Integração das Mídias Digitais na Educação. Eles são formadores em diversos programas de capacitação continuada, promovidos pelo Ministério da Educação e participantes ativos de listas de discussões de professores.
Este artigo apresenta e discute projetos que foram desenvolvidos por professores da rede pública que “integram as mídias digitais no trabalho pedagógico com seus alunos, e visam a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem”.
As experiências demonstram que existe uma enorme gama de possibilidades para desenvolver projetos integrados às diferentes mídias.
Os autores consideram que a formulação de objetivos claros nos projetos educacionais supera as dificuldades dos recursos materiais que a maioria das escolas públicas enfrenta.
Quanto aos alunos, estes resgatam a sua identidade histórica, cultural e social através da ação autoral permitida pela web 2.0.
Os atores destacam também a importância do apoio e participação da comunidade escolar e da parceria entre os profissionais da educação da escola. Essa integração, segundo os autores, facilita a construção de projetos que contem com a efetiva participação da comunidade escolar.